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Princípios do Treinamento

Segue aí uma dica pra pessoas que querem copiar o treino alheio, achando que vão conseguir os mesmos benefícios, e ou, deseja tanto ter o corpo do seu “vizinho”, ou ainda não dá a mínima para a continuidade dos treinamentos e muito menos para o aumento gradativo das cargas de treino. Preste bem atenção:

Explanarei um pouco sobre os Princípios do Treinamento, focarei somente em um autor TUBINO, que considero muito consistente em suas colocações, mas existem alguns outros autores que também falam sobre os princípios do treinamento.


Para Tubino (1984), os cinco princípios se inter-relacionam em todas as suas aplicações e estão descritos abaixo:


[if !supportLists]1. [endif]O Princípio da Individualidade Biológica


De acordo com Tubino, “chama-se individualidade biológica o fenômeno que explica a variabilidade entre elementos da mesma espécie, o que faz que com que não existam pessoas iguais entre si.” (TUBINO, 1984, p. 100).

Cada ser humano é único, por isso um treinamento individualizado tem melhores resultados se comparado aos copiados na NET ou de seu amigo de treino. Isso é de responsabilidade do treinador, fazer um treino único e observar cada detalhe, potencial e fraqueza do seu aluno. Hoje existem vários protocolos para se aferir isso, mas uma coisa que realmente faz a diferença é o feeling e a experiência de cada treinador e isso não se aprende em livros.


[if !supportLists]2. [endif]O Princípio da Adaptação


Segundo Tubino, quando o organismo é estimulado, imediatamente aparecem mecanismos de compensação para responder a um aumento de necessidades fisiológicas. “Stress ou Síndrome de Adaptação Geral (SAG – dividida em 3 fases, mas não vou entrar nesse mérito), segundo SELYE (1956) é a reação do organismo aos estímulos que provocam adaptações ou danos ao mesmo, sendo que esses estímulos são denominados agentes stressores ou stressantes.” (TUBINO, 1984, p. 102).


Tabela com a intensidade de estímulos


[if !supportLists]a. [endif]estímulos débeis => não acarretam conseqüências;

[if !supportLists]b. [endif]estímulos médios => apenas excitam;

[if !supportLists]c. [endif]estímulos médios para fortes => provocam adaptações;

[if !supportLists]d. [endif]estímulos muito fortes => causam danos.” (ibidem, 1984, p. 101).


Fica bem claro que se não houver estímulo forte, seu corpo não responderá o suficiente para lhe “dar” curvas, força e nem aquela boa forma desejável e invejável


[if !supportLists]3. [endif]O Princípio da Sobrecarga


Para Tubino, estímulos mais fortes devem sempre ser aplicados gradativamente ao final da assimilação compensatória (onde organismo é capaz de restituir sozinho as energias perdidas pelos diversos desgastes, e ainda preparar-se para uma carga de trabalho mais forte) Este é o princípio da sobrecarga, também chamado princípio da progressão gradual, e será sempre fundamental para qualquer processo de evolução desportiva.

Tubino (1984) cita algumas indicações de aplicação do Princípio da Sobrecarga, referenciado nas variáveis: Volume (Quantidade) e Intensidade (Qualidade); em vários Tipos de Treinamento, como: Contínuo, Intervalado, em Circuito, de Musculação, de Flexibilidade e Agilidade, e Técnico.

Aqui entra também além do conhecimento, a experiência do treinador que deve ter bom senso ao definir a sobrecarga que vai trabalhar com o seu aluno ou atleta, observando todos os outros Princípios do Treinamento Esportivo.


[if !supportLists]4. [endif]O Princípio da Continuidade


Ligado profundamente ao princípio da adaptação, pois a continuidade ao longo do tempo é essencial para o organismo se adaptar progressivamente.

Segundo Tubino (1984), a condição atlética só pode ser conseguida após alguns anos seguidos de treinamento e, existe uma influência bastante significativa das preparações anteriores em qualquer esquema de treinamento em andamento

A continuidade em seus treinamentos evita que você tenha perdas significativas, e ainda garante que você tenha um ganho gradual onde o mesmo permanecerá durante sua vida toda. Esse princípio é de extrema importância não somente no aspecto fisiológico, mas também, no aspecto psicológico e entre outros aspectos cujos fatores podem interferir na prática do seu esporte praticado.


[if !supportLists]5. [endif]O Princípio da Interdependência Volume-Intensidade


Sem dúvida este princípio está intrínseco ao da sobrecarga, pois com o acréscimo das cargas de trabalho, haverá uma melhora na performance. Esta performance aumentada acontecerá pela razão do volume/intensidade.

Para Tubino (1984), pode-se afirmar que os êxitos de atletas de alto rendimento, independente da especialização esportiva, estão referenciados a uma grande quantidade (volume) e uma alta qualificação (intensidade) no trabalho, sendo que, estas duas variáveis (volume e intensidade) deverão sempre estar adequadas as fases de treinamento, seguindo uma orientação de interdependência entre si. Ainda segundo Tubino: “Na maioria das vezes, o aumento dos estímulos de uma dessas duas variáveis é acompanhado da diminuição da abordagem em treinamento da outra” (ibidem, 1984, 110).

Geralmente essas variáveis volume/intensidade não estão claramente definidas para o treinador, para que o mesmo possa definir um método ou uma ação. Existem alguns protocolos para verificação de volume de cargas, mas novamente vem a questão da experiência e bom senso na hora de enxergar essa relação volume/intensidade para que o aluno não saia lesionado ao final de um treino.


REFERÊNCIA


TUBINO, Manoel José Gomes. Metodologia científica do treinamento desportivo. 3ª edição. São Paulo: Ibrasa, 1984.


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