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Treinar em excesso pode engordar

A pior hipótese foi comprovada na Universidade de South Wales, na Austrália. O estudo, conduzido pelo médico Steve Boutcher, do programa de pesquisas em exercícios, comparou dois grupos de 45 mulheres com 20 anos que estavam um pouco acima do peso.


As mulheres de um dos grupos fizeram treinos curtos (de 20 minutos) e de alta intensidade. Na bicicleta, elas perderam em média 2,5kg em 15 semanas. Já as mulheres do segundo grupo treinaram por 40 minutos, pedalando em velocidade regular e contínua. Estas ganharam 500 gramas no período mesmo período de 15 semanas.


Outro trabalho, desta vez da Universidade do Oeste da Escócia, comparou os resultados obtidos com o treino curto e intenso e com os resultados dos treinos tradicionais, que são mais longos e moderados. Cinquenta a sete adolescentes participaram da pesquisa e concluiu-se que o segundo treino leva sete vezes mais tempo para reduzir a gordura.


Para ter uma amostra maior, pesquisadores do Waikato Institute of Technology e da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, juntaram 22 estudos sobre o mesmo tema. O levantamento mostrou que a perda de gordura é até duas vezes maior na atividade de alta intensidade feita por curtos períodos. Ou seja, é melhor malhar pesado por menos tempo do que fazer treinos longos e menos puxados.


A malhação mais longa e moderada pode ser engordativa porque deixa a pessoa com muito mais fome quando acaba de treinar, levando-a a exagerar na comida sem perceber.


Mais fome


Cientistas da Universidade de Munique, na Alemanha, sugerem que a culpa é do aumento da secreção de um hormônio chamado grelina, que desperta a sensação de fome no cérebro. Eles identificaram que a secreção desse hormônio aumenta bastante quando fazemos atividades de longa duração. Nos treinos mais curtos, porém, os níveis de grelina permanecem estáveis: nestes casos, aquela vontade de atacar a geladeira não é despertada depois do exercício.


O treino intervalado de alta intensidade queima muito mais gordura do que aquele em que você fica horas na esteira em atividade moderada. Isso, porém, não acontece durante o exercício, mas sim depois do treino, quando ocorre o déficit de calorias no corpo.


Em outras palavras, se você consumiu, ao longo do dia, 2 mil calorias e gastou 1500, esse déficit de 500 calorias o corpo irá retirar da gordura. Por isso, temos que enfatizar em gasto calórico e não consumo de gordura durante os exercícios.


A estratégia para treinar quase à exaustão é intercalar atividade e descanso. Ninguém aguenta muito tempo. A vantagem é que, assim, a queima de gordura continua por mais tempo no pós-exercício (ou seja, no descanso), segundo Guiselini.


Um erro clássico é fazer horas de aeróbico, nada de musculação e eliminar carboidratos da dieta. O corpo usa proteína como fonte de energia e perde massa muscular. Qualquer carboidrato ingerido poderá ser transformado em gordura.


Como devo treinar?


Opte por treinos intervalados, que combinam exercícios mais curtos e intensidade dos movimentos – nesse caso, você vai ao seu limite. Um exemplo são os programas de corrida. O treino intervalado para os corredores significa um ritmo mais puxado por poucos minutos, intervalado com caminhadas ou trotes mais leves para que o corpo descanse.


Concluindo, treinos de alta intensidade resultam em um gasto calórico (emagrecimento) maior e melhoras no condicionamento cardiovascular do aluno/esportista do que os treinos constantes realizados em baixa e/ou moderada intensidade.

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